terça-feira, outubro 21, 2003

EU ABAIXO ASSINADO
Capa da revista "TIME" as prostitutas de Bragança tornaram-se o fait-diver da sociedade portuguesa e dos nossos políticos. Tudo isto fez-me parar um pouco e reflectir sobre esta questão.
As prostitutas na interioridade de Portugal não é novidade, mas porquê este barulho no ar, actualmente?
Na minha opinião, é que os senhores de Lisboa, pensavam que só eles tinha direito a um "table-dance" & Private" nos belos clubles da capital: SKY, Champanhe, Passerelle, Sampayos, Elefante, Hipopótamo.......
Pois é, enganaram-se.... O Zé dos Camiões e o Tonho trolha, também têm direito de ver as belas bundas brasileiras & potentes mamas do leste. E vou mais longe, porque não, o nosso Governo criar um incentivo para as putas se deslocarem da capital, para o Interior.
Eu como beirão de gema, defendo e concordo com esta medida; como defensor da regionalização, vamos dar força a quem a tem.
Portugal não existe, Lisboa muito menos, então tentam discutir, o óbvio...Meus senhores, não inventem a roda...Putas sempre houve e haverá, e o sol, quando nasce é para todos.

quarta-feira, outubro 15, 2003

GIL VICENTE
Bate leve, levemente.....Será chuva, será gente....Gente não é certamente e a chuva não bate assim. Fui ver,...era neve, cristalina fofa e doce.

Acordei...afinal não passou de um sonho nostalgico dos dias de neve nas serranias beirãs....

terça-feira, outubro 14, 2003

No nevoeiro das manhãs serranas, sonho e revejo-me no poder da natureza.
Na noite de maresia em Lisboa, vivo o sonho da realidade...

segunda-feira, outubro 13, 2003

"Manhã Submersa" (1980 - 131m)


Adaptação do romance de Virgílo Ferreira, Manhã Submersa descreve o despertar para a vida de uma criança, passado entre a austeridade da casa senhorial de D. Estefánia (uma fabulosa Eunice Muñoz), a neve, a sensualidade da sua aldeia natal (Linhares, na serra da Estrela) e o silêncio das paredes do seminário.
Uma obra poderosa, oscilando entre a luz e as sombras, por entre as quais um jovem de doze anos parte à descoberta de si próprio e do mundo que o rodeia: a repressão na educação, a pobreza da sua terra, as desigualdades sociais, o desejo do seu corpo em formação, a amizade e o amor.

Vida e obra de Vergílio Ferreira
Onde tudo foi nascendo


O seu caminho ficava longe da terra onde tudo foi morrendo. Nascia diariamente em nome da terra, apenas homem, alegria breve. Depois, mudou. A mudança deu à luz uma manhã submersa, face sangrenta de uma aparição. Assim e Para Sempre. Até ao Fim. «Entrarei no paraíso a escrever». E cumpriu. "Cartas a Sandra", a obra que deixou inacabada foi a derradeira de tantas. Vergílio Ferreira, que nunca acabava de nascer, morreu aos 80 anos mas renasce cada dia nas suas páginas tal qual uma Estrela Polar.

Vergílio Ferreira nasceu em Melo, pelas 15 horas do dia 28 de Janeiro de 1916. Filho de António Augusto Ferreira e Josefa Ferreira, cedo se viu privado da presença dos pais, que emigraram para os Estados Unidos quando tinha apenas quatro anos. Ficou, juntamente com os seus irmãos, ao cuidado de duas tias maternas. Esta separação, dolorosa como seria de suspeitar, é descrita em "Nítido Nulo".

Em 1926, quando tinha dez anos e após uma peregrinação a Lourdes, entrou para o seminário do Fundão, onde permaneceu seis anos. Esta sua vivência viria a ser o tema central de "Manhã submersa". Em 32 deixa o seminário, conclui o Curso Liceal no Liceu da Guarda, e começa a dedicar-se à poesia. Quatro anos depois Vergílio Ferreira entra na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continua a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em "Contra-Corrente".

"O caminho fica longe", o seu primeiro romance, foi escrito em 1939. Um ano depois conclui a sua licenciatura em Filologia Clássica e, dois anos depois, o estágio no Liceu D.João III, em Coimbra. No mesmo ano começa a leccionar em Faro e publica o ensaio "Teria Camões lido Platão". Durante as férias de verão, em Melo, escreve "Onde tudo foi morrendo", que viria a ser publicado dois anos mais tarde, quando já leccionava no Liceu de Bragança. Em 46 casa-se com Regina Kasprzykowsky e publica "Vagão J". A sua passagem do neo-realismo para o existencialismo verifica-se dois anos depois, com a publicação de "Mudança". Em 53 publica a colectânea de contos "A face sangrenta" e um ano depois, "Manhã Submersa". Em 59 ingressa no Liceu Camões, em Lisboa, e publica "Aparição", que mais tarde lhe garante o prémio Camilo Castelo Branco, da Sociedade Portuguesa de Escritores. Em 65 é galardoado com o Prémio da Casa da Imprensa. Em 83 publica "Para sempre", ano em que recebe os prémios do Pen Club, Associação Internacional de Críticos Literários, do município de Lisboa e o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus.

Em 1986 é homenageado em Gouveia, onde é dado o seu nome à biblioteca municipal. Em 87 publica "Até ao Fim", que lhe vale o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. Em 90 dá a conhecer "Em nome da terra" e recebe o Prémio Femina, pela tradução francesa de "Manhã submersa". Um ano depois recebe em Bruxelas o Prémio Europália pelo conjunto da sua obra literária. Em 92 publica "Pensar" e é galardoado com o Prémio Camões. Três anos depois acompanha Mário Soares a Gouveia na inauguração das novas instalações da Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, à qual doa toda a sua biblioteca particular.

A 1 de Março de 1996 morre em Lisboa quando completava 80 anos. Foi sepultado em Melo, «virado para a serra», como sempre desejou. Morreu a escrever. "Cartas a Sandra", a última obra, é uma carta inacabada que viria a ser publicada no mesmo ano da sua morte.

XUTOS & PONTAPÉS

o frio aperta na manhã submersa
entra a neblina com o sol a nascer
contando os passos para se entreter
lá vai ele, ainda a sonhar

não sabe o nome mas conhece o cheiro
quando ela entrar no apeadeiro
talvez mais tarde quando a escola acabar
mesmo à saída, a bola a girar
ela apareça e ele consiga falar

a rapariga saiu da escola
viu rapazes a jogar à bola
passou por eles, houve um que sorriu
não ligou, e a rua subiu

só mais tarde, já ao deitar
olhou o espelho onde foi encontrar
o amor escondido e então sorriu

DIA 13 criei, o MEU BLOG.....ATÉ JÁAAAAAAAA

aaaaaaaaaaaaa

EM BREVE...


create your own visited countries map or vertaling Duits Nederlands Free Hit Counters
Free Counter